Na manhã desta segunda-feira (26), moradores do Bairro Consórcio, em Axixá do Tocantins, foram surpreendidos por um acidente que resultou na morte de uma mulher e ferimentos em uma criança. Cheila Norma Abreu, de 47 anos, morreu após ser atropelada por uma carreta na TO-134, enquanto sua filha de aproximadamente três anos ficou ferida e foi encaminhada ao hospital, sem risco de vida.
O incidente ocorreu quando a mulher tentava atravessar a rodovia junto com a filha, no que ainda está sob investigação. Equipes da Polícia Militar e Civil estiveram no local para apurar o caso. O motorista da carreta foi levado à delegacia para prestar depoimento. Em momentos de forte comoção, um familiar de Cheila tentou incendiar o veículo e colidir sua própria moto contra a carreta, mas foi rapidamente contido pelos policiais.
O aumento do tráfego de veículos pesados na região de Axixá, especialmente após o desabamento da ponte JK, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), agravou a situação.
Apesar da presença de um perito do Instituto Médico Legal (IML) na região, a liberação do corpo de Cheila enfrenta problemas devido à escassez de médicos plantonistas nas unidades de Araguatins e Tocantinópolis. Com isso, o corpo deverá ser enviado a Araguaína, a aproximadamente 233 km de distância, dificultando os procedimentos de perícia e sepultamento.
Essa situação levantou críticas de moradores e lideranças locais, que cobraram a contratação de mais profissionais, principalmente médicos legistas, para garantir agilidade e dignidade no atendimento às famílias enlutadas.
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO) confirmou o acionamento do caso e detalhou que Cheila foi atingida por uma carreta enquanto tentava atravessar a rodovia com sua filha, também vítima do acidente. A criança foi socorrida e passa bem. O motorista da carreta foi preso por homicídio culposo e lesões.
Outro familiar, enlutado, tentou inicialmente incendiar o caminhão e, posteriormente, jogar seu próprio carro contra a carreta no momento do incidente, sendo detido.
Por ora, o caso é investigado pela 14ª Delegacia de Polícia Civil de Axixá. A tragédia reacende a discussão sobre as condições do IML na região, além da necessidade de melhorias na segurança viária e na estrutura de atendimento às vítimas na região do Bico do Papagaio.
Ver essa foto no Instagram
Mín. 21° Máx. 34°