A Miss Serra Branca Teen da Bahia, Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, foi encontrada morta na última segunda-feira (9). Ela havia desaparecido desde o dia 2 de junho e, só após oito dias de buscas, um homem confessou ser o autor do crime.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, o suspeito, cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente, admitiu ter enforcado Raíssa. Com auxílio de seu filho, o homem levou o corpo até uma área de mata na cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. O corpo foi encontrado enrolado em uma lona, após a confissão do criminoso.
A polícia autuou os dois envolvidos por ocultação de cadáver. Enquanto o suspeito permanece na prisão preventiva, seu filho, que também foi detido, pagou fiança e foi libertado. Em uma atitude chocante, o humorista Marcelo Alves, conhecido como Alves Li Pernambucano, enviou um áudio à irmã de Raíssa, assumindo a autoria do homicídio momentos antes de se entregar às autoridades.
De acordo com as investigações, Marcelo Alves era amigo de Raíssa e também conhecia sua família. Durante os oito dias de desaparecimento, Alves chegou a oferecer a residência onde mora à família da vítima enquanto esta não fosse localizada.
Raíssa nasceu em Paulo Afonso, na Bahia, e residia há três anos na capital paraense. Seus familiares relataram que ela se preparava para deixar Curitiba rumo a Sorocaba, em São Paulo, com intuito de trabalhar. Ela foi coroada Miss Serra Branca Teen em 2020.
A polícia também revelou que Marcelo Alves conhecia Raíssa desde quando ela tinha apenas 10 anos de idade. Desde então, ele teria ajudado na mudança da jovem para Curitiba. Um primo de Raíssa contou que Alves manteve contato com ela durante toda a busca pelo desaparecimento, permanecendo na tentativa de enganar a família, prometendo auxílio que nunca se concretizou.
De acordo com a delegada Aline Manzatto, a motivação do suspeito teria sido o desejo de se declarar para Raíssa. Segundo ela, no dia do homicídio, Marcelo alegou que iria ajudá-la a arrumar um emprego em Sorocaba — uma mentira. A intenção real, segundo a delegada, era que Raíssa fosse até ele para que ele pudesse declarar seus sentimentos. Após a rejeição, o suspeito teria ficado com raiva e, em um momento de descontrole, achatou-a com uma abraçadeira plástica, sufocando-a.
Após o crime, Marcelo enrolou o corpo com uma lona, passou fita, e pediu ajuda de seu filho para colocá-lo dentro do porta-malas de um carro emprestado. O corpo foi então descartado na região metropolitana de Curitiba.
O advogado do suspeito afirmou que não houve intenção premeditada e que Marcelo teria cometido o crime por “violenta emoção”. Ele declarou ainda que o homem lamenta o ocorrido e tem colaborado com as investigações.
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