Saúde

Falta de consultas regulares aumenta risco de cegueira e outras doenças graves na visão

A ausência de consultas oftalmológicas de rotina pode comprometer de forma significativa a saúde dos olhos e resultar no diagnóstico tardio de doenças...

Falta de consultas regulares aumenta risco de cegueira e outras doenças graves na visão
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A ausência de consultas oftalmológicas de rotina pode comprometer de forma significativa a saúde dos olhos e resultar no diagnóstico tardio de doenças graves, muitas vezes irreversíveis. O alerta é do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que chama a atenção para o fato de que enfermidades como glaucoma, catarata, retinopatia diabética, degenerações da retina e até tumores oculares podem evoluir silenciosamente, sem sintomas aparentes nas fases iniciais, dificultando o tratamento quando finalmente detectadas.

De acordo com a entidade, a prevenção deve começar ainda na infância. A primeira avaliação deve ser realizada entre os seis meses e o primeiro ano de vida, período essencial para identificar falhas no desenvolvimento visual. Uma nova consulta é indicada entre os três e seis anos, fase importante para corrigir problemas que podem interferir diretamente no aprendizado escolar, como miopia e estrabismo. Na adolescência, dos 12 aos 18 anos, exames mais completos ajudam a detectar alterações relacionadas ao crescimento ou ao uso excessivo de telas, cada vez mais comum nessa faixa etária.

Já na vida adulta, os cuidados precisam ser intensificados. A recomendação do CBO é que, a partir dos 40 anos, todos realizem consultas anuais, uma vez que nessa etapa aumentam os riscos de doenças silenciosas, como o glaucoma, que pode levar à perda irreversível da visão. Em idosos, a atenção deve ser redobrada por conta da maior incidência de catarata e degeneração macular, condições que afetam de forma direta a qualidade de vida. Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e reumatismos, estão entre os grupos que mais demandam acompanhamento especializado, já que esses problemas de saúde elevam consideravelmente as chances de complicações oculares.

O conselho lembra ainda que o histórico familiar não deve ser ignorado. Quem tem parentes que sofreram com algum tipo de transtorno ocular precisa redobrar os cuidados, pois muitas doenças apresentam fatores genéticos. Segundo dados do CBO, mais de 70% dos casos de cegueira poderiam ser prevenidos ou tratados se houvesse acompanhamento médico regular e diagnóstico precoce, o que reforça a importância de não esperar pelos sintomas para procurar um especialista.

O alerta coincide com a realização do 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que começa nesta quarta-feira (27), em Curitiba, e segue até sábado (30). O evento deve reunir especialistas nacionais e internacionais, além de pesquisadores e representantes da indústria, para debater os principais avanços tecnológicos e terapêuticos na área. Entre os destaques, estão novas técnicas cirúrgicas a laser, medicamentos de última geração e o uso de inteligência artificial no rastreamento de pacientes em larga escala.

Para o CBO, cuidar da visão é uma questão de saúde pública e deve ser encarado com a mesma seriedade de outras áreas da medicina. A consulta de rotina, ainda que rápida e simples, pode significar a diferença entre um tratamento bem-sucedido e uma perda irreversível.

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