Maria dos Santos Oliveira, de 88 anos, morreu na última quarta-feira (30/7) após ser atropelada por um homem de 28 anos que empinava uma motocicleta na Rua General Moreira Couto, no Jardim São Pedro, zona leste de São Paulo.
Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, testemunhas contaram à polícia que o motociclista, identificado como Gustavo Reis Pierri, trafegava de maneira “extremamente temerária, realizando manobras arriscadas, notadamente a condução do veículo em apenas uma roda (’empinando’).”
Além disso, Gustavo estava acima da velocidade permitida para a via instantes antes de colidir com a vítima. Ainda de acordo com o registro policial, a vítima não teve qualquer possibilidade de reação ou defesa. Câmeras de segurança de estabelecimentos próximos estão sendo analisadas pelas autoridades (Veja fotos acima).
O motociclista prestou apoio à vítima. Maria dos Santos foi encontrada inconsciente e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de urgência (Samu) ao Hospital Municipal Professor Waldomiro de Paulo, onde foram constatados traumatismo grave, trauma severo no tórax e pouca circulação sanguínea. Ela já foi recebida sem vida e teve óbito declarado cerca de 15 minutos depois do ocorrido.
Reviravolta na investigação
Inicialmente, o delegado responsável pela investigação não decretou a prisão em flagrante de Gustavo, pois o suspeito não fugiu do local do acidente, prestou apoio, tinha habilitação e a moto dele não possuía irregularidades. Além disso, o motociclista não precisou pagar fiança.
Em depoimento, o homem de 28 anos afirmou que estava na velocidade da via e que a idosa atropelada saiu de trás de um dos veículos estacionados na rua para atravessar e por isso ele não teve reação.
Nesse contexto o caso foi registrado inicialmente como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Após colher depoimentos de testemunhas e olhar as imagens dos estabelecimentos próximos ao ocorrido, a investigação descobriu que Gustavo dirigia acima do limite permitido na rua, empinava moto e assumiu o risco de haver um acidente.
Com isso, o caso passou a ser investigado como homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, as autoridades instauraram um inquérito policial para apurar o caso e pediu depoimentos de mais testemunhas presenciais e familiares da vítima.
Também foi requisitado ao Instituto de Criminalística uma análise de conteúdo para apurar a ação do motociclista, como o excesso de velocidade e as manobras perigosas.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) o caso está com o 103° Distrito Policial. “A investigação prossegue para a conclusão do caso e eventual responsabilização do autor”, diz a pasta.
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