VÍDEO: Jovem é espancado por grupo de 10 homens por beijar rapaz

Ago 12, 2025 - 11:02
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VÍDEO: Jovem é espancado por grupo de 10 homens por beijar rapaz

Um jovem artista de 23 anos, estudante de Teatro da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), foi brutalmente agredido por um grupo de cerca de dez homens por volta das 3h de sábado (9), no Centro de Campo Grande, próximo à Feira Central. Conforme relatos da vítima, o ataque ocorreu logo após ele trocar beijos com outro rapaz em frente ao Armazém Cultural.

A vítima disse que estava acompanhada de amigos e do rapaz com quem se envolveu, circulando entre os bares da região, antes de decidir ir embora. “Eu estava cansado, tinha aula no dia seguinte. Mas ele quis me acompanhar e eu também queria ficar com ele”, contou.

Ao chegar à moto estacionada em frente ao Armazém Cultural, eles começaram a se despedir com beijos, momento em que o grupo se aproximou proferindo ofensas homofóbicas. “Começaram a dizer: ‘Aqui não é lugar para veado, mete o pé!’ Ao mesmo tempo, chutavam a moto e o agrediam. Um deles me deu capacetadas, quebraram o paralama, derrubaram a moto. Eu pensei: ou é a moto ou sou eu. Saí correndo”, descreveu.

Imagens de câmeras de segurança mostram ao menos sete homens cercando e agredindo o jovem. Segundo a vítima, outros três integrantes do grupo não aparecem no vídeo. “Se eu não estivesse usando o capacete, poderia ter morrido. Eles quebrou a parte de baixo com as pancadas”.

Mesmo ferido, o jovem conseguiu fugir e retornar ao bar para buscar ajuda, mas afirmou não ter recebido acolhimento adequado no estabelecimento. “O segurança não queria me deixar entrar para lavar o rosto. Meu amigo precisou discutir para liberar. Ninguém do bar me ofereceu água, atendimento ou perguntou se eu estava bem”, reclamou.

No banheiro, ele percebeu cortes profundos no rosto e só recebeu ajuda de amigos que estavam no local. Em seguida, acionou a Polícia Militar, que o escoltou até a moto, encontrada estacionada em outro bar.

A vítima informou que o caso deve ser tratado como violência motivada por homofobia, e não como uma agressão comum. O jovem relata ainda ouvir de terceiros que o grupo já teria atacado outras pessoas da região.

Ponto Bar, onde o episódio ocorreu, emitiu nota defendendo que houve atendimento e apoio ao rapaz. A casa afirmou que a equipe de segurança apenas questionou a vítima para entender a situação, liberou o acesso ao espaço e ao banheiro, e acionou as autoridades. O estabelecimento também ressaltou seu histórico como espaço seguro para a comunidade LGBTQIA+ e cobrou maior policiamento na região.

O caso segue sob investigação pelas autoridades competentes.

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