Ave pré-histórica considerada extinta há mais de um século reaparece; Conheça
O tacaé-do-sul, ave não voadora da Nova Zelândia que chegou a ser considerada extinta por mais de 50 anos, voltou a habitar as pastagens da Ilha Sul. O feito é resultado de um dos projetos de conservação mais longos e bem-sucedidos do país.
Com até 63 cm de altura e 2 kg, o pássaro era reverenciado pelos povos maori como um ser sagrado. O último registro antes de sua redescoberta havia sido em 1898, quando a espécie desapareceu por causa da caça e de predadores introduzidos. A reviravolta veio em 1948, quando uma pequena população foi encontrada nas montanhas de Murchison.
Estratégias que salvaram a espécie
O programa de recuperação combinou criação em cativeiro, áreas de proteção e realocação controlada. Recentemente, 18 aves foram reintroduzidas em Whakatipu Waimāori, território ancestral da tribo Ngāi Tahu.
Segundo Deidre Vercoe, do Takahē Recovery, o controle de predadores como furões e gatos selvagens foi essencial. Esses animais invasores destruíam ovos e filhotes, acelerando o declínio da espécie.
Agora, o plano é soltar mais nove casais e aves jovens ainda este ano, criando diferentes populações para reduzir o risco de extinção.
Fósseis mostram que o tacaé existe desde o Pleistoceno. Sua sobrevivência por milhões de anos — seguida de quase desaparecimento — simboliza o impacto humano sobre os ecossistemas insulares.
Para os maori, porém, o retorno vai além da ciência. O reaparecimento da ave é visto como um reencontro espiritual, já que suas penas verde-azuladas eram tesouros culturais e sua presença representava um elo com o sagrado.
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