Fazendeiro é acusado de assassinar duas mulheres e alimentar porcos com restos mortais

Ago 7, 2025 - 09:29
Ago 7, 2025 - 10:09
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Fazendeiro é acusado de assassinar duas mulheres e alimentar porcos com restos mortais

Um caso chocante e de grande repercussão internacional está ocorrendo na África do Sul. Zachariah Johannes Olivier, um fazendeiro de 60 anos, enfrenta acusações de ter matado duas mulheres a tiros e, em um ato de extrema crueldade, ter alimentado porcos com os restos mortais das vítimas com a ajuda de dois funcionários. O processo começou nesta segunda-feira (5), envolvendo detalhes perturbadores que reacenderam o debate sobre desigualdade racial e injustiça rural no país.

De acordo com as investigações, as vítimas, identificadas como Maria Makgato, de 45 anos, e Lucia Ndlovu, de 34, foram mortas enquanto buscavam alimento próximo à fazenda de Olivier, em 2024. Para tentar encobrir os crimes, o fazendeiro contou com a colaboração de dois empregados: Adrian Wet, de 19 anos, e William Musora, de 50 anos.

Segundo a acusação, os corpos das vítimas foram depositados em um chiqueiro, onde, posteriormente, teriam sido consumidos pelos porcos. Wet, que admitiu estar envolvido, declarou às autoridades que foi coagido a participar do crime pelo patrão, tendo lançado os corpos no cercado dos animais sob pressão.

Além das acusações de duplo homicídio, os acusados também respondem por tentativa de assassinato do marido de Lucia, que estava com ela no momento do ataque e foi atingido por tiros, mas conseguiu sobreviver. Outros crimes atribuídos aos suspeitos incluem posse ilegal de armas, obstrução da justiça e, no caso de Musora, imigração irregular, já que ele estaria no país sem documentação oficial.

O episódio reacendeu o debate sobre as desigualdades no campo sul-africano. Apesar do fim do apartheid há mais de três décadas, a concentração de terras permanece nas mãos de uma minoria branca, enquanto muitos trabalhadores negros enfrentam condições difíceis e injustas. O caso trouxe à tona feridas não cicatrizadas da história nacional, aprofundando as polarizações sobre propriedade rural e violência.

O julgamento foi adiado para a próxima semana, e os três envolvidos permanecem sob custódia. Nenhum deles foi considerado culpado até o momento pela Justiça sul-africana.

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