Jabuti, peixes, corais e cobra: animais são resgatados em tentativa de tráfico no Aeroporto de Confins

Ago 26, 2025 - 23:05
Ago 27, 2025 - 08:12
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Jabuti, peixes, corais e cobra: animais são resgatados em tentativa de tráfico no Aeroporto de Confins

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, voltou a ser palco de tentativas de tráfico de animais silvestres. Nos últimos dias, a fiscalização flagrou passageiros tentando transportar corais marinhos e até um peixe embalado em sacos plásticos, em uma mala que passou por outros terminais antes de ser interceptada em Minas Gerais. O material foi apreendido e encaminhado ao Ibama, responsável pelas medidas legais.

Segundo a administração do aeroporto, casos como esse têm se repetido com frequência. Já foram encontrados um jabuti escondido na cintura de um passageiro cadeirante, caranguejos-uçá transportados ilegalmente em período de reprodução e até uma cobra norte-americana da espécie corn snake, abandonada em uma lixeira quando o viajante percebeu que seria fiscalizado.

O biólogo Evandro Amato, que atua no terminal, explica que o combate ao tráfico de fauna exige olhar treinado. “O agente que antes só buscava drogas ou armas, agora precisa identificar sinais de crime ambiental. Nosso trabalho é impedir que animais sejam retirados da natureza e transportados ilegalmente”, afirmou.

Desde 2022, o aeroporto faz parte do pacto internacional United for Wildlife, apoiado pelo príncipe William, que reúne empresas de transporte do mundo todo contra o tráfico de vida silvestre. A parceria resultou em campanhas de conscientização, treinamentos especializados e maior integração com o Ibama, responsável por receber os animais resgatados.

De acordo com o instituto, o tráfico de fauna está entre as principais ameaças à biodiversidade brasileira e movimenta bilhões de reais por ano. A legislação prevê multas que podem ultrapassar R$ 5 mil por animal apreendido, além de responsabilização criminal dos envolvidos.

Para o CEO do BH Airport, Daniel Miranda, a fiscalização constante é essencial: “Cada ocorrência, por menor que pareça, reforça nosso papel de protetores da biodiversidade, em parceria com órgãos ambientais e a sociedade. A vigilância precisa ser permanente para que esses crimes não passem despercebidos”.

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